terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Capitulo.1 - Ideais



- Seus vagabundos, acordem logo, não pago vocês para dormir!

Jack abriu os olhos devagar e os esfregou, se sentou na rede, deu um longo bocejo e olhou ao redor, todos estavam levantando ou se espreguiçando, ele havia conseguido sair do reino junto de um navio de contrabandistas, haviam oferecido um emprego de Observador, o ultimo tinha morrido ao ser atingido por uma Bola de Canhão de uma Fragata que havia sido tomada por alguns Piratas, e estavam fechando a passagem entre o Reino Haydn e o Reino Crevecouer, dois grandes aliados comerciais, ele se levantou e foi ao Convés, o Capitão Albert distribuía um pão para cada um dos tripulantes, quando Jack pegou o seu, estava muito frio, ele o guardou e subiu ao Posto de Observação, pegou o pão e, estalou os dedos, formando uma pequena chama que crepitava em sua mão, ele a passou no pão e o esquentou até novamente ficar crocante, comeu como se fizesse anos que ele não comesse, Jack pegou a Luneta que estava no chão de madeira e começou a fazer seu trabalho:

- Cavelier!

Jack olhou para baixo, o Capitão estava o chamando, quase tinha se esquecido que havia dado um Sobrenome falso na hora de se alistar, ali ele se chamava Jack Cavelier:

- Ja estou indo Senhor!

Ele desceu rapidamente, e quando chegou ao convés, o Capitão deu um murro na boca dele, ainda atordoado, o Capitão o segurou e o jogou no chão, Jack limpou o sangue que escorria da boca e olhou curioso para o agressor:

- Nós não nos damos bem com ladrões garoto, principalmente quem rouba um Rei!

Ele levantou o casaco de Jack com a mão esquerda, e com a mão direita apontou para o bordado prateado com a Letra H, Jack ficou assustado, pensou que ele havia descoberto sobre seu passado:

- Roubou isso dos Haydn?

Jack engoliu em seco, não sabia como iria explicar sobre isso, mas era melhor que notassem que ele era filho de Willian Haydn, embora a manhã estivesse fria, começou a suar, percebeu que os olhares de todos aqueles homens mal encarados estavam virados a ele:

- Eu não... Não roubei de ninguém Senhor!

O Capitão soltou uma risada, jogou o casaco em Jack e lhe deu um chute na perna esquerda, Jack segurou a perna, segurando a dor:

- Eu não quero um Ladrão Mentiroso em meu navio, ira ajudar na cozinha, onde o Caolho poderá ficar te observando, e quando chegarmos ao Porto do Reino de Crevecouer amanhã cedo, quero que suma do meu navio, colocarei outro para ser o Observador!

Jack soltou a perna e apertou o casaco, seus olhos vermelhos olhavam com indignação para o Capitão, enquanto o tal se afastava, pensava na burrice que tinha feito, deixando suas coisas jogadas, sua perna doía, mas com um pouco de esforço, pegou o casaco, se levantou e se dirigiu a escada que levava a Cozinha, hesitou ao abrir a porta, o cheiro de alho que vinha da cozinha fez com que ele ficasse enjoado, mas logo que entrou, viu que era bem pequena, havia uma bancada de madeira cheia de legumes, na qual um homem bem alto e negro, os cortava impiedosamente:

- Você é o Caolho?

O Homem parou de cortar os legumes e virou o rosto para Jack, um dos olhos dele era visivelmente cego, com uma cicatriz que o cruzava, os dois ficaram se encarando por um tempo, mas logo Caolho deu um sorriso:

- Qual o seu nome e o que você fez para que Albert lhe mandasse ser meu ajudante?

Jack levantou o casaco, e apontou a letra H:

- Meu nome é Jack... Cavelier, e o Capitão me acusou de ser um ladrão, e me mandou que viesse para cá, para que você ficasse de olho em mim!

O Caolho soltou uma gargalhada, fincou a faca em uma batata que estava na bancada e pegou o casaco da mão de Jack:

- E você roubou isso?

- Não, eu não roubei!

Ele devolveu o casaco, Jack o colocou no mesmo instante:

- Eu acredito em você, não acho que seria tolo o suficiente para tentar roubar Willian Haydn, é um homem perigoso...

O Sorriso se esvaiu de seu rosto, ele pousou a mão no olho cego, Jack percebeu que não era apenas ele que teria rancor de seu pai, ele poderia encontrar outros que estivessem decididos a lutar contra a Tirania dele, mas antes, ele teria de escutar a historia de Caolho, então, meio hesitante, Jack perguntou:

- Me desculpe por perguntar... Mas como o seu olho ficou assim?

O Caolho deu um suspiro, olhou nos olhos de Jack por um tempo e logo após, baixou a cabeça:

- Desde que nasci eu era um Escravo da Família Haydn, vi minha mãe ser morta na minha frente, e minha irmã de Sangue ser estuprada e ter tido o mesmo destino de minha mãe, quando eu fiz dezessete anos, um dos guardas teve um infarto dentro da casa de escravos, nós roubamos as chaves dele e fugimos, foi a mesma noite em que a Rainha morreu, enquanto via meus irmãos serem mortos pelos guardas enfurecidos, eu subi no telhado do castelo para tentar me esconder, eu escutei gritos vindos de uma janela, eu resolvi me aproximar para ver o que estava ocorrendo, quando vi a barriga da Rainha, sendo queimada e aberta por Chamas azuis, o quarto filho da Rainha estava vivo, a Parteira foi morta pelo rei logo após isso, então, o Rei me viu pela janela, eu tentei descer do telhado, mas os Guardas me capturaram rapidamente por ordens diretas, eles me levaram a ele, o Tirano teve piedade de mim, disse que me deixaria viver, pois ninguém acreditaria em um escravo, mas que deixaria uma marca como advertência... Três anos depois eu fugi do Reino!

O Silêncio tomou conta do lugar, Jack não sabia o que dizer, então, o Caolho continuou:

- Agora, quero que me responda duas coisas!

Jack assentiu, aflito:

- Pode me perguntar!

- Eu quero que você me responda com honestidade! Porque um garoto tão novo esta em um navio de contrabandistas e porque você possui um casaco com a marca dos Haydn!

Jack engoliu em seco, o Caolho olhava fixamente para ele com seu olho bom, esperando uma resposta, Jack não sabia o que dizer, mas se quisesse que Caolho se aliasse a ele, tinha de contar a verdade sobre ele, sobre seu passado, sobre seu dom, ele apertou os dedos bem forte, já sentia o calor intenso da chama sob eles:

- Quer a verdade não é? A resposta para suas perguntas é uma só, aqui esta...

Jack abriu a mão, uma pequena chama apareceu em sua palma, o Caolho olhava perplexo:

- Você é um Demônio do fogo!

Jack estalou os dedos e as chamas se apagaram de sua mão, encostou as costas na parede de madeira da cozinha, deu um suspiro e disse:

- Meu nome não é Jack Cavelier... É Jack Haydn! Pelo meu dom, meu pai sempre me odiou, então a dois dias, quando eu fiz Vinte e um anos, eu fugi do Castelo!

As lembranças passaram sobre Caolho como se viessem com o ar:

- Você é o garoto que eu vi nascer na noite da Morte da Rainha... Você é o quarto filho de Willian Haydn!

O Caolho retirou o Facão que estava fincado na bancada de madeira e o apontou para Jack:

- Agora me diga o que faz aqui no Barco!

Jack tentava ser o mais cauteloso possível, agora era o momento de trazer aquele homem ao seu lado:

- Decidi que iria viajar para todos os três Reinos Subordinados de meu Pai, antes de finalmente purifica-lo com o fogo, matarei os seus subordinados!

O Caolho foi colocando o facão bem devagar na bancada, sentou-se em uma das caixas de madeira que estavam chão, colocou a mão no rosto, e para a surpresa de Jack, começou a rir :

- Deixe eu ver se entendi... - Ele deu uma gargalhada - Você quer matar Dante Crevecoeur, Alexander Mortain e Callum Mordaz, os Três Reis Subordinados, e depois vai matar o seu pai... O Rei Tirano! Willian Haydn?

- Não vejo a graça!

- E deixe que eu adivinhe, você escutou a historia sobre o meu olho e pensou que se me contasse a verdade eu me juntaria a você nessa busca obsessiva por vingança? Pensou que eu me arriscaria por uma chance minima de vingar minha mãe, minha irmã e a mim?

Jack baixou a cabeça, não estava acontecendo como ele havia planejado, mas de repente, o Caolho estendeu a mão para ele, Jack levantou a cabeça e viu que ele estava sorrindo:

- Eu só encontraria outra chance dessas em outra vida, então, acho que vou aceitar a proposta e irei te ajudar nessa tolice!

Jack sorriu e apertou a mão dele, Caolho se espreguiçou e perguntou:

- Então, qual é o primeiro passo?

- Arranjar uma embarcação e uma tripulação que me siga!

- Então é só tomar este aqui, o nome desta embarcação é Ignis, e embora seja de contrabando, ja destruiu uma Fragata de Guerra apenas com seus canhões, os tripulantes são todos assassinos, ladrões e refugiados, é quase certo que todos tenham suas desavenças com Willian Haydn!

Jack se sentiu ofendido, o Capitão havia o acusado de roubo e vários tripulantes eram ladrões:

- Mas porque então o Capitão ficou com tanto medo de eu ser um ladrão?

- Porque Albert Bauquemare é um contrabandista que por debaixo dos panos é uma Marionete de Reis, muito dinheiro e recursos vem do contrabando, ele teme que achem que ele esta abrigando alguem que roubou de um Rei!

- Entendo... E como faremos para tomar o Ignis?

O Caolho se curvou para frente, se ajustando na Caixa de madeira onde estava sentado, deu um soco no ar e disse:

- Você terá que usar seu... Dom! Terá que impor respeito perante os outros tripulantes, terá que queimar Albert na frente de todos no Convés e se tornar o novo Capitão!

- O que? Eu não posso mata-lo!

- Você decide, se tomarmos por organizar um Motim, ninguém te seguirá, precisa mostrar que esta acima deles, que eles não podem te oferecer nenhum perigo! A sua unica opção é matar Albert Bauquemare pelo fogo!

Jack estava aflito, ele havia prometido que iria ter sua vingança, sabia que sacrifícios teriam de ser feitos, mas não estava tão preparado quanto pensava:

- O que vou fazer...

- Você eu não sei, mas eu tenho que voltar ao trabalho, já conversamos demais e tenho que preparar o almoço, e você tem que me ajudar, pegue o saco de pão e traga aqui!

Jack obedeceu, estava atordoado, entregou o saco de pão, o Caolho falava o que ele tinha de fazer e ele obedecia, mas não prestava muita atenção, a unica coisa que tinha na cabeça era a promessa que havia feito a seu Pai....

" - Eu voltarei, mas quando o fizer, será para terminar com sua tirania, a qualquer custo! "

 " - A qualquer custo! "

Fim do Capitulo.1

Autor: Yago Barbosa Coutinho.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Prologo - Nascido do Fogo.



A Parteira segurava o bebê nas mãos, embrulhado em um pano de seda vermelho, sem duvidas era um garoto, o filho do Rei, o qual estava quieto e cabisbaixo, sentado em uma cadeira de madeira, sua esposa acabará não resistindo e morrendo no parto, a Parteira entregou o bebê para ele e se afastou, estava assustada, olhava fixamente para a barriga aberta da Rainha, seu corpo estendido na cama, o cheiro de carne fumegando que saia era insuportável, seus olhos lacrimejavam enquanto ela chamava o bebê de corrompido e rezava, o Rei levantou a cabeça e olhou para o filho, seu rosto se tornou sério:

- Ele vai se chamar Jack... Era o nome que a Rainha queria!

A Parteira fechou os olhos por alguns minutos, rezou um pouco e disse:

- Senhor, peço que me perdoe pelo o que irei lhe dizer, mas ele é um Demônio, no primeiro momento do parto sua esposa já estava com as entranhas queimadas, você deve executa-lo...

- Não posso fazer isso... Catarina me odiaria no lugar onde ela estiver, manterei ele vivo, mas o esconderei do mundo, ninguém poderá saber de sua existência...

A Parteira engoliu em seco, suas mãos tremiam e seus olhos estavam vidrados, sua voz mostrava que o medo havia tomado conta dela:

- Mas senhor, como eu farei para esconder de todos? Todos irão me perguntar sobre o parto!

O Rei se manteve em silêncio, levantou-se da cadeira e colocou Jack na cama, sobre os braços do corpo de sua esposa:

- Realmente, todos irão lhe perguntar sobre o parto, contarei o seguinte então, que por complicações, a Rainha e o seu Quarto filho haviam morrido durante o parto, e por algum motivo, a Parteira não apareceu para realizar o trabalho...

- Mas senhor, eu estou aqui!

O Rei sacou a espada que pendia sobre seu cinto e, num gesto rápido, cortou a garganta da Parteira, ela colocou as mãos sobre o rasgo em uma tentativa falha de estancar o sangramento, o Rei olhava fixamente para ela, enquanto agonizava e dava seus últimos suspiros, quando ela finalmente cessou, o Rei pegou o filho dos Braços da esposa, fechou os olhos da mulher que um dia havia amado e saiu do quarto, enquanto pensava no que faria dali em diante, chamou os guardas e ordenou que tocassem o sino, que alertassem sobre a morte da Rainha, e que alguém se livrasse do corpo da Parteira, foi até o grande salão do Castelo, Aaron, Katherine e Elliot esperavam noticias, o Rei olhou para eles e disse:

- A Mãe de vocês não resistiu ao parto!

Katherine ficou em silencio por um tempo, olhou para o pai e caiu de joelhos chorando, Aaron não mudou o rosto, sempre foi instruído a ser forte em tempos difíceis, Elliot chorava baixinho, enquanto o Rei entregou Jack para Aaron e disse:

- Levem seu irmão para a Ama de leite, tenho coisas a fazer, o nome dele é Jack!

Katherine olhou para o Pai, cheia de lagrimas escorrendo pelo seu rosto, tentou dizer alguma coisa, mas nada saiu, ela baixou a cabeça novamente e voltou a chorar, Aaron olhou para Jack e disse:

- Ele cheira a queimado...

O rei apenas virou o rosto e saiu, os deixando a sós...

DEZ ANOS DEPOIS DAQUELA NOITE.

- Por favor, deixe eu brincar com meus irmãos la fora!

A sala do trono estava vazia, apenas seu Pai e os Cavaleiros da Guarda estavam lá para protege-lo, embora estivessem com medo do filho, Jack estava na frente do trono, seus cabelos negros estavam bagunçados, seus olhos eram curiosamente vermelho-escuro, o que reforçava o medo dos Guardas, ele estava bravo:

- Você sabe as regras Garoto, você não pode sair do Castelo!

- E porque meus irmãos podem fazer tantas coisas? Aaron tem aulas para lutar com espadas e se portar como um rei, Katherine pode ter quantos amigos quiser e ainda pode sair pelo reino inteiro e Elliot brinca o dia inteiro, apenas eu não posso fazer nada, o Senhor me tranca no quarto e não me deixa fazer nada!

O Rei se levantou do trono e pegou a espada, a qual ele chamava de "Punição", andou até ficar frente a frente com Jack, que recuou um pouco, mas se mantendo firme, então, em um gesto rápido, o rei fez um corte no braço direito do filho, que urrou de dor, ele caiu no chão gemendo de dor e olhando com medo para o Pai:

- Porque... Fez isso?

- Quem você pensa que é garoto? Você é um estorvo para mim, se você não tivesse nascido, Catarina ainda estaria viva, você tem sorte de eu ainda te considerar um Haydn, você é inútil, você mancha a nossa linhagem...

Ele virou o rosto para o Cavaleiro que estava com um elmo que tinha um formato de uma cabeça de dragão, enquanto Jack olhava para quem ele pensava ser um Pai:

- Sor Louis, leve ele para o quarto dele!

O Cavaleiro pegou Jack pelo braço cortado e o arrastou, o levou até o quarto e fechou a porta, Jack segurou o choro, olhou para o braço, desejando que a dor parasse, até que começou sentir um calor intenso na região do corte, e logo depois, ele cicatrizou, Jack sempre achou normal aquilo, a dor sumia e o ferimento cicatrizava, ele se levantou e olhou para a Janela, viu seu irmão Elliot brincando no Quintal com outras crianças, como desejava poder fazer isso, mas seu Pai não permitia que ele saísse, ele era triste, queria desesperadamente a aprovação dele, queria que ele o amasse como ele amava os irmãos, que lembrasse que naquele dia era o decimo aniversario dele, e o seu quarto frio não ajudava ele a melhorar, o frio se tornava insuportável quanto mais a noite chegava, então, na hora mais fria, Jack levantava a mão e estalava os dedos, uma pequena Chama aparecia sobre sua mão,ele se esquentou, a fez sumir, e por fim, na calada da noite, adormeceu...

VINTE E UM ANOS DEPOIS DAQUELA NOITE.

Jack estava diante de seu Pai, na Sala do trono, seus irmãos olhavam para ele com temor, ou pena, ele confrontava novamente o Rei, questionando suas escolhas e ordens:

- Eu não quero mais isso para mim, eu quero minha liberdade, eu já tenho vinte e um anos, você não pode mais me manter preso!

O Rei estava furioso, seu grito espantou os outros três filhos e os Cavaleiros que observavam a discussão, mas Jack se mantia firme:

- SEU INGRATO, EU TE DEI COMIDA, UM LAR, DEIXEI ATÉ QUE MANTIVESSE O NOME HAYDN!

Jack respondeu no mesmo tom, acusando o Pai:

- EU NUNCA TE PEDI ISSO, VELHO BASTARDO, VOCÊ É LOUCO SE PENSA QUE ALGUÉM GOSTARIA DE VIVER ASSIM!

O Rei olhou para Jack, um olhar que era uma mistura de Indignação e Furia, Aaron ria do irmão, sussurrava para os outros dois que era o fim dele, Katherine olhava triste para ele e Elliot evitava o olhar direto, O Rei levantou do trono e tirou a espada Punição do cinto:

- Isto é para você aprender quem realmente manda aqui, eu não tolero ingratidão!

O Rei desceu até Jack, e fez um movimento circular com a espada, tendo como alvo o braço dele, porém, os olhos vermelhos de Jack começaram a brilhar, que nem fogo, sua mão foi encobrida com um fogo azul, e assim que segurou a espada, ela derreteu, o metal derretido caia no chão, o Rei rapidamente a soltou e segurou a mão com força, a palma de sua mão estava em carne viva, a dor era intensa, Jack deu um sorriso:

- Você não é ninguém, eu não ligo se é meu Pai, O Rei ou Willian Haydn, você não é nada para mim, não tem direito nenhum de me dar ordens, estou indo embora!

Enquanto Jack dava as costas para o Reino e saia em direção ao Mundo, seu pai começou a rir e disse:

- E para onde você vai? Você é um monstro! Ninguém em sã consciência lhe daria abrigo, assim que ir embora eu irei te declarar publicamente como inimigo do Reino, nenhuma pessoa ousaria se opor contra mim, eu vou te caçar até o inferno e farei com que volte pedindo perdão!

Jack parou e virou o rosto para o pai:

- Eu acabei de me opor a você, e não se preocupe, eu voltarei, mas quando o fizer, será para terminar com sua tirania, a qualquer custo!

Jack continuou a andar em direção a saída do Castelo, abriu as portas e respirou o ar fresco, do castelo era possível ver o porto, seu destino havia mudado ali naquele dia, ele não sabia se o fim seria bom ou ruim, não sabia quais consequências suas ações trariam, mas ele pelo menos agora estava livre, e sua vida começaria agora, ele partiu para o Porto, iria embora com alguma embarcação, o que faria dali em diante, ele teria que decidir, mas, sobre uma coisa ele estava decidido, seu Pai pagaria pelas suas ações...

Fim do Prologo.

Autor: Yago Barbosa Coutinho